CORAÇÃO E LENTE

por Fabiana Severino da Silva

Hoje tive uma experiência muito legal, aprendi a operar uma câmera filmadora, mas tambem foi difícil, teve horas que a câmera tremia demais. Eu pensei em filmar aquele barzinho que tem um som de novela, aí eu apontava para onde saia o som, e foi assim que eu filmei as coisas, pela percepção dos barulhos, de pessoas falando, o som da TV, e eu apontava a lente da câmera para essa situação.

Durante a filmagem encontrei várias pessoas conhecidas na rua, minha prima Marisa, a minha amiga Antonia, e também o meu ex-professor João, que trabalha na Laramara uma Instituição para Deficientes Visuais como professor de mobilidade, ele deu um depoimento sobre mobilidade e estava dando aula para um jovem, o Daniel, que tem baixa visão.

Depois voltamos para o EIS, vimos o material e percebemos que ficou bem legal, com enquadramentos diferentes, originais e que foram poucos os momentos que ficou bastante tremido, pelo menos foi o que o grupo disse sobre minha filmagem.

Eu acho legal filmar porque a pessoa que não enxerga é capaz de qualquer coisa, como uma pessoa que enxerga.
Hoje o que eu filmei não posso ver as imagens, mas as outras pessoas podem ver essas imagens que eu filmei e isso para mim é muito importante e gratificante.